James Hetfield diz que o Metallica teve que “roubar muita coisa” para chegar onde está
Apesar do Metallica ser considerado atualmente uma das maiores bandas de todos os tempos, o lendário grupo de Metal enfrentou alguns perrengues no início de sua trajetória – assim como muitos aspirantes a músicos acabam encarando.
Em um novo episódio do podcast The Metallica Report, o vocalista e guitarrista James Hetfield compartilhou com os fãs algumas das circunstâncias difíceis pelas quais seu grupo passou em meados dos anos 80 e revelou o que foi preciso ser feito para que o Metallica continuasse suas atividades.
O icônico frontman relembrou que a falta de recursos financeiros da banda fez com que eles tivessem que recorrer a meios não convencionais enquanto gravavam seus emblemáticos discos Ride The Lightning e Master Of Puppets no Sweet Silence Studios, da Dinamarca. James contou (via Metal Injection):
Estávamos no sótão, dormindo no chão e roubando comida de outras bandas que passavam por lá, roubando bicicletas só para nos locomover, roubando garrafas de cerveja vazias para trocá-las por mais cerveja. Havia muito roubo. Não tínhamos nada, não tínhamos merda nenhuma. Então não era roubo, só estávamos pegando emprestado para sempre.
Metallica e as dificuldades enfrentadas na Dinamarca
Após compartilhar os desafios enfrentados pela banda, James Hetfield afirmou que aquele período fez ele criar uma conexão profunda com a Dinamarca:
Por causa de todas essas aventuras nos primeiros dias, me sinto muito mais em casa na Dinamarca agora. Os primeiros dias foram difíceis porque, no que diz respeito a nós e ao lado empresarial, não tínhamos a mínima ideia. Lars [Ulrich] estava meio que tentando.
Segundo o site Tenho Mais Discos Que Amigos, a decisão de gravar os álbuns sucessores de Kill ‘Em All na Dinamarca foi uma forma da banda diminuir os custos dos projetos, já que, apesar de hoje o disco de estreia do grupo ser considerado um clássico, ele não fez tanto sucesso inicialmente e o Metallica não tinha grana suficiente para fazer grandes investimentos em suas próximas gravações.
Com isso, o plano de ir para a Dinamarca foi usar a influência local do baterista Lars Ulrich para conseguir baratear os custos da banda.
Sobre a experiência da banda no Sweet Silence Studios, Hetfield também lembrou que teve contato com materiais marcantes da história da música, como gravações da lenda do jazz Chet Baker e ícones do rock como o Rainbow de Ritchie Blackmore:
Lars e eu dormíamos no depósito de fitas no andar de cima do Sweet Silence e, olhando para ele, era tipo, uau, as coisas do Richie Blackmore e todo tipo de bandas diferentes que passaram por lá fazendo coisas.