“Rock do K7”, série sobre 10 veteranas bandas gaúchas, realiza gravações em Porto Alegre com integrantes dos grupos DeFalla, Os Replicantes e Taranatiriça

O retorno a Porto Alegre faz parte do trabalho documental da série

A equipe da série "Rock do K7" está com a agenda movimentada, ao estilo das bandas em turnê. Depois de realizar gravações recentes em Santa Maria, Caxias do Sul e Pelotas, agora Porto Alegre volta ao roteiro. Na capital gaúcha, a produção audiovisual – que mistura documentário e ficção para resgatar a história de 10 bandas de rock gaúchas – tem filmagens em dois momentos durante o mês de novembro. Entre os dias 6 e 9, ocorrem captações com integrantes do DeFalla e do Taranatiriça; e de 20 a 23, estão previstas entrevistas e registros variados com músicos d'Os Replicantes.

O retorno a Porto Alegre faz parte do trabalho documental da série, em que os músicos falam sobre a história de seus respectivos grupos e contam o que estão fazendo hoje em dia. Em setembro, foram feitas filmagens do arco ficcional na cidade.

"Sete dos 10 episódios são com bandas do interior, já que sempre foi um dos objetivos da série abordar a história de nomes menos conhecidos do que os da capital. Agora é o momento de registrar a visão dos músicos que construíram suas trajetórias em Porto Alegre e que tiveram projeção nacional em diferentes gêneros do rock'n'roll", afirma a diretora Neli Mombelli, premiada recentemente pelo documentário "Quando a Gente Menina Cresce" no 53º Festival de Cinema de Gramado (foram dois kikitos: Melhor Longa-Metragem Gaúcho e Melhor Filme pelo Júri Popular, além da menção honrosa para o elenco feminino).

As locações para as cenas dessa primeira fase de gravações em Porto Alegre incluem Dub Studio, sede do projeto As Batucas, estúdio Gaya, Mondo Cane Bar e Dirty Old Man. Já na segunda etapa, abre-se câmera no estúdio Áudio Porco, Dub, Prana Filmes e Sub (café do Ocidente).

A série

A "Rock do K7" tem 10 episódios, cada um dedicado a uma banda. Com enredo entre a nostalgia e o contexto atual, o projeto mostra conjuntos que, de alguma maneira, repercutiram entre o fim dos anos 1970 e a metade dos 1990 – período em que as fitas cassetes eram significativas, tanto pelo facilidade de acesso para ouvintes quanto para artistas que buscavam divulgar suas composições.

Até o momento, foram realizadas entrevistas da parte documental com músicos de Santa Maria (cidade sede da TV OVO, coletivo audiovisual proponente da iniciativa), Caxias do Sul e Pelotas. Os bate-papos e cenas de cobertura já captados tiveram como protagonistas integrantes dos conjuntos santa-marienses A Bruxa, Doce Veneno, Fuga, Nocet e Serpent Rise, bem como da banda caxiense Bandida e do grupo pelotense Procurado Vulgo (vencedor da primeira edição do Circuito de Rock, concurso musical promovido pelo grupo RBS).

A escolha dos artistas deu-se por critérios como recorte temporal, uso das cassetes e relevância histórica.

A "Rock do K7" tem financiamento de: Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul, Pró-Cultura RS, Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal - Brasil: União e Reconstrução. A realização é da TV OVO, tendo como produtora associada a FINISH.

Som atemporal

Enquanto a parte documental da série traz depoimentos de cantores instrumentistas falando sobre o passado e atualizando o que estão fazendo, a ficção é centrada na vida de Fran (vivida por Karina Fontes, atriz e aluna de jornalismo). A estudante de 17 anos "herda" da tia Carina (interpretada por Julia Barth, atriz e musicista – vocalista d'Os Replicantes) a coleção de cassetes e toma gosto pelo material, dedicando-se à pesquisa de artistas ali gravados e a entender o contexto espaço/tempo daqueles registros. Paralelamente, aparecem os conflitos geracionais e os dramas pessoais dos personagens.

O elenco inclui também Luiz, o pai da jovem (que ganha vida por Rafa Sieg, ator formado pela Universidade Federal de Santa Maria [UFSM], conhecido por trabalhos na Rede Globo), e a mãe Laura (atuação de Denise Copetti, atriz, produtora cultural e diretora)

"Essa mistura de narrativas (documentário e ficção) nos permite olhar para o passado com os olhos do presente. E isso nos possibilita registrar momentos interessantes de bandas antigas que já não existem e outras que estão retomando seu espaço ao lado de quem nunca parou", destaca o documentarista Marcos Borba, que também assina a direção.

O lançamento da primeira temporada do "Rock do K7" está previsto para ocorrer em 2026.

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