Laboratório Fantasma realiza a segunda edição do bloco Quilombo Lab e reúne Emicida, Evandro Fióti, Rael, Drik Barbosa e convidados
Marcado para o dia 19 de fevereiro, o bloco faz parte do carnaval descentralizado e irá atravessar a Zona Norte de São Paulo. Entre os convidados, estão Salgadinho, MC Hariel e FBC
- O Quilombo Lab nasceu com a intenção de ser um espaço de acolhimento, fortalecimento e libertação dos corpos negros por meio da música, da dança e da valorização das mais diversas riquezas presentes na cultura afro brasileira. Foi assim que o bloco de Carnaval idealizado pela Laboratório Fantasma, hub de entretenimento capitaneado por Emicida e Evandro Fióti, fez a sua estreia em fevereiro de 2020 — recebendo mais de 80 mil pessoas durante o desfile realizado na Zona Norte de São Paulo. Por ter acontecido alguns dias antes do início do isolamento social, o Quilombo Lab acabou ganhando dimensões e desdobramentos ainda maiores, se tornando uma forte lembrança de alegria e liberdade daqueles que estiveram presentes. No dia 19 de fevereiro, domingo, o Quilombo Lab ganha a sua segunda edição — a concentração do bloco inicia às 13h na Avenida Luís Dumont Villares (altura 1501), na Zona Norte de São Paulo. Além de Emicida, Evandro Fióti, Rael e Drik Barbosa, o percurso, que segue até às 18h, contará também com a participação de artistas convidados, como Prettos, Salgadinho, Marquinhos Sensação, Dona Jacira, Danny Bond, MC Hariel e FBC. O evento é gratuito.
O Quilombo Lab tem como propósito contribuir para a valorização da história da cultura negra na cidade de São Paulo, em especial na Zona Norte — região em que os seus fundadores, Emicida e Evandro Fióti, cresceram e despontaram para o mundo. Ao escolher a Zona Norte como local de realização, o Quilombo Lab busca proporcionar um Carnaval descentralizado, possibilitando com que os moradores do entorno celebrem e se conectem com as raízes ancestrais e históricas da região.
Em 2023, o Quilombo Lab apresenta o desfile “O Carnaval dos Carnavais — A esperança mora no Samba”, no qual celebra o retorno do Carnaval de rua enquanto manifestação cultural e espalha afeto para que as pessoas se conectem com o seu passado, presente e futuro. Se hoje o Carnaval de São Paulo virou um dos eventos mais importantes para economia da cidade, para a cultura e para o PIB nacional, é importante considerar a luta dos antepassados na origem e na reconfiguração desta celebração. Vale lembrar que essa grande festa anual teve origem como um movimento revolucionário de resistência para a população negra. Em São Paulo, por exemplo, nomes como Dionísio Barbosa (Camisa verde), Madrinha Eunice (Lavapés), Carlão do Peruche (Peruche), Nenê de Vila Matilde (Nenê de vila matilde), Henricão (Vai-Vai) foram os pioneiros ao criarem os primeiros blocos e cordões carnavalesco (em uma época em que brincar o Carnaval era um privilégio das elites paulistanas). Esses blocos e cordões deram origem às tradicionais Escolas de Samba da cidade de São Paulo.
Deste modo, neste ano, o Quilombo Lab parte do rap e de suas vertentes para criar um espetáculo que ressalta a importância da cultura afro diaspórica na manutenção e preservação do legado e na resistência da cultura negra. Dividido em dois atos, o desfile usará a música como fio condutor, passando pelo samba, batucada, reggae, pagode, samba reggae, funk e trap. O bloco tem direção assinada por Evandro Fióti, que também divide a direção musical com Julio Fejuca. A produção musical coletiva também tem a presença de ambos ao lado de Gabriel Borges, Prettos e Bruno Duprê.
“Com todas as alegrias e dores, no Carnaval, ressignificamos um momento para celebrar quem somos. Eu venho de uma família que sempre participou do Carnaval como uma das poucas possibilidades de acesso ao bem-estar cultural. Hoje, poder fazer um bloco e devolver para o povo a possibilidade de se sentir parte dessa celebração popular, se divertir e relembrar a origem ancestral dessa festa é uma missão, mas também é a realização de um sonho que atravessa séculos”, comenta Evandro Fióti, cantor, compositor e CEO da Laboratório Fantasma. “Enquanto Lab Fantasma, temos como missão fortalecer os negócios e empreendimentos da Zona Norte de São Paulo, além de contribuir com a vida cultural e o impacto econômico na cidade de São Paulo, sobretudo, para os afro-empreendedores. É importante reafirmar que o Carnaval de São Paulo como conhecemos é um legado dos nossos ancestrais negros. Vai ser um momento histórico de plantar amor e afeto em cada coração que encontrarmos na avenida. Temos a esperança de uma sociedade melhor, mais justa, igualitária e fraterna”, ele complementa.
A camiseta exclusiva desta edição do Quilombo Lab já está disponível na loja oficial da Laboratório Fantasma (acesse aqui).
Serviço:
#QuilomboLab no Carnaval de São Paulo
Data: 19 de fevereiro (domingo)
Local: Avenida Luiz Dumont Villares (em frente a Praça Nossa Senhora dos Prazeres, próximo ao metrô Parada Inglesa)
Horário: 13h | Concentração
18h | Dispersão
Loja Oficial: https://www.laboratoriofantasma.com/quilombo-lab
Sobre o #QuilomboLab
Seguindo os princípios dos quilombos, que realizavam atividades coletivas e diversas, como a agricultura, o extrativismo e a criação de animais, a Laboratório Fantasma nunca se limitou a cuidar apenas das carreiras de Emicida, Evandro Fióti, Rael e Drik Barbosa. Gravadora, distribuidora de música, estúdio e grife de roupas, a LAB enxergou uma possibilidade sem igual de viabilizar outras carreiras e projetos que impactam o mercado para além do showbiz. A cada experiência criada e a cada nova conquista, a Laboratório Fantasma mostrou que, para ela, não existe impossível. São mais de 14 anos de trajetória como um quilombo urbano capaz de criar um verdadeiro experimento social. Em 2023, a segunda edição de mais um dos seus projetos de impacto chega às ruas (literalmente). A LAB lançou o seu primeiro bloco de carnaval em 2020, que ganhou o nome Bloco #QuilomboLab. Ele estreou na capital paulista com a intenção de reforçar que, embora tenha se passado mais de um século, a população negra ainda vive em condições de extrema pobreza e sofre com a desigualdade social imposta por um sistema regido por um racismo estrutural sem escrúpulos. Agora, o Quilombo Lab realiza sua segunda edição.
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