Drenna fala de autoaceitação em ‘Me Desculpa’, último single antes do novo disco
O mundo impactado pelas redes sociais é o mundo dos filtros, das relações plásticas e da desconfortável e voraz cobrança por padrões a serem seguidos, um processo que legitima alguns corpos e inviabiliza muitos outros. Mas o mundo da Drenna vai à contramão e pede desculpa por mera educação ao falar em autoaceitação: “Me desculpa, mas eu sou assim”, branda o refrão do novo single “Me desculpa”, no streaming pelo selo Toca Discos e distribuição digital da Altafonte Brasil.
Ouça aqui: https://links.altafonte.com/Drenna_MeDesculpa.
“Me desculpa”, um rock dançante, com guitarra, baixo e bateria bem marcados, tocados respectivamente por Drenna Rodrigues (também a vocalista), Bruno Moraes e Milton Rock.
A música foi concebida durante um songcamp de três dias no mítico estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, dos produtores Felipe Rodarte Constança Scofield.
Neste processo, na Toca, foi composta junto à Morgado e Guerra, dois compositores e cantores do cast da Toca Discos, que compartilham com a Drenna a busca por quebra de paradigmas de padrões, tanto na imagem como na sonoridade.
Mas a música é curativa, é contra padronizações e favor de ambientes plurais e de respeito mútuo.
Com um som bastante pulsante e um refrão forte, a Drenna mostra o quarto e último single antes do novo disco, que chega às plataformas de streaming – também pela Toca Discos – no dia 26 de maio.
Anteriormente, o power trio carioca lançou ‘A Praia’, ‘A Casa’ e ‘Haters’, num trajetória em que mostra a evolução da sonoridade puramente roqueira à incorporação de elementos contemporâneos, que remetem ao indie, trap e pop.
“O normal é sempre algo ditado por um sistema de controle, crenças enraizadas ou mecanismo de moda, venda ou consumo. A normalidade fica apontando para os corpos dos outros dizendo o que tem que ser ou não. O corpo não é moda e nem pode estar à serviço dela. Definir um tipo de corpo como tendência é também ditar corpos que não podem existir. Influenciadores tem o poder de promover uma obsessão coletiva por padrões estéticos à serviço do consumo. A patologização dos corpos gordos que são lidos como doentes pela sociedade tão somente para apartá-los do convívio social e do afeto e não para designar tratamentos de saúde. A pressão para performar feminilidade – cabelos longos, depilar, maquiagem – ou masculinidade – cabelos curtos, músculos, não usa determinadas roupas, maquiagem ou esmaltes. As mulheres especialmente aprendem a procurar defeito no espelho”, fala Drenna sobre o processo criativo de “Me desculpa, mas eu sou assim”.