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Música de Ivan 2X homenageia Faustão e clama pela doação de órgãos

Música de Ivan 2X homenageia Faustão e clama pela doação de órgãos

O cantor e compositor IVAN 2X, que é jornalista de formação, falou para um grupo de repórteres sobre a música que ele acaba de lançar, com o título “Para Turbinar o Coração do Faustão e Outros em Recuperação” (https://youtu.be/kRtsf57VDfg), para engrossar fileiras pela causa da conscientização pela doação de órgãos. “É oportuno o momento para fortalecer esse tipo de campanha, aproveitando a ampla repercussão sobre o assunto ao envolver uma pessoa pública famosa como é o caso do Faustão que foi submetido a um transplante de coração”, lembrou.

O procedimento, que foi necessário em decorrência do agravamento do quadro de insuficiência cardíaca, está tendo ampla repercussão na mídia, “e isso pode ser benéfico para fortalecer as campanhas já existentes”, enfatiza Ivan 2X.

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Ele lembrou que setembro, mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, “nos faz refletir que infelizmente, existem ainda mais de 50.000 pessoas aguardando um transplante de órgão (coração, rim, córnea, medula óssea e etc.) em nosso país. Apesar de sermos um destaque no contexto mundial de transplantes, ainda possuímos uma fila imensa de pacientes aguardando a doação de órgãos”.

Ele lembrou que o Brasil possui a maior política pública do mundo na área de transplante de órgãos. “Cerca de 95% dos transplantes são realizados por meio do SUS – Sistema Único de Saúde. Somos o segundo maior país transplantador do mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos.  Apesar disso, milhares de pessoas aguardam na fila de espera todos os anos”. Lembrou, também, que conforme dados oficiais, a maior fila é por transplante renal, seguida por córnea, fígado, pâncreas/rim (duplo), coração, pulmão, pâncreas, multi-visceral e intestino.

“No Brasil, todo o processo de doação de órgãos é regulamentado por leis e controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes, o que garante segurança aos envolvidos e credibilidade ao processo”, disse.

“Infelizmente, muitas pessoas deixam de doar órgãos por insegurança sobre a definição de coma e morte encefálica e muitas famílias não permitem a doação por mitos religiosos, lembrando que nenhuma religião no Brasil proíbe ou não recomenda a doação”.

LEGISLAÇÃO

O Código Civil publicado em 2002, em seu artigo 14, determina que é válida, com objetivo científico ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte para depois da morte, ou seja, prevê que a pessoa possa, por objetivo altruísta, doar seu corpo todo ou em partes. No entanto a Lei 9.434 de 1997 sinaliza a obrigatoriedade de consentimento familiar expresso para retirada de órgãos e tecidos.

Com isto, há a necessidade que o doador afirme sempre a sua família sobre sua intenção, deixando claro as diretivas antecipadas de sua vontade.  Seguramente, isto aumentará o número de possíveis doadores.

Para a doação se efetivar, além da autorização da família, é necessária a comprovação da morte cerebral do doador para retirada dos órgãos sólidos como coração, fígado, rins e outros. Esta avaliação é muito criteriosa e há a necessidade do diagnóstico clínico por dois médicos e a realização de exames complementares que comprovem a morte cerebral (ultrassonografia transcraniana ou angiografia cerebral).

Há a possibilidade de se realizar doação em vida de alguns órgãos como rim, parte do fígado, parte do pulmão e medula óssea, desde que o doador tenha até quarto grau de parentesco com o receptor ou possua uma autorização judicial, caso não haja parentesco.

asbrazil

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