Banda Brave
São mais de 20 anos de estrada! Várias Demos, EPs, dois álbuns e dezenas de shows e participações em festivais.
Na imprensa especializada, não apenas sobram elogios, mas a alcunha de “criadores do brutal power metal”.
O Brave está de volta!
Depois da épica estreia com “The Last Battle” (2012) e do celebrado aperfeiçoamento em “Kill The Bastard” (2016), o Brave lança seu mais novo álbum, “The Oracle”.
Reunindo oito faixas inéditas, “The Oracle” demonstra que o Brave não apenas mantém uma tradição, mas disponibiliza-a para novas possibilidades de interpretação.
“Em The Oracle não há nenhuma sobra de estúdio ou ideia antiga, todo material é absolutamente novo”, comenta o baixista Ricardo Carbonero. “Se comparado com nossos álbuns anteriores, The Oracle é mais maduro e teve uma dedicação maior, tanto no processo de criação como na gravação das músicas, sem contar que dessa vez tivemos um envolvimento maior de todos os integrantes da banda.”
“The Oracle” é um disco singular, brutal power metal do começo ao fim, mais ainda assim plural e dinâmico em sua concepção.
“Em ‘The Oracle’ tivemos mais uma dose de amadurecimento e muito mais gana”, comenta o vocalista Sidney Millano. “A sonoridade está com mais energia e identidade pessoal como um todo. Tudo isso sem perdermos, é claro, a pegada tradicional do brutal power metal”.
“The Oracle” foi gravado e mixado por Marcio Teochi no Teochi Studio em Itu/SP e masterizado no estúdio Absolute Master em Capivari/SP. Ao invés de seguir a tendência de se gravar em home estúdio, o Brave preferiu as possibilidades de estúdios e produtores profissionais, como conta Carbonero.
“Nosso objetivo é sempre fazer um disco melhor que o anterior, e gravarmos com o Teochi foi fundamental para isso, especialmente no cuidado e atenção que ele teve aos detalhes de cada música. Sem contar sua paciência.” (risos)
Em termos de letras, “The Oracle” traz a participação de todos os integrantes e, embora trate sobre temas diversos, continua seguindo pelas temáticas pagãs, como explica Millano.
“No mundo antigo, a arte divinatória era uma forma de comunicação com os deuses. Os guerreiros, antes de iniciar jornadas rumo a explorações de terras distantes, ou mesmo antes de batalhas épicas, sempre recorriam às divindades através dos oráculos”.
A arte da capa, que reflete o tema, é assinada por Manoel Hellsen da MH Design Art.
Ainda sobre a temática pagã como influencia para as letras de “The Oracle”, Ricardo Carbonero acha absolutamente possível que os temas sejam aplicados ao cotidiano dos fãs e de todos que venham ouvir o disco, para além de seu aspecto histórico/mitológico.
“Obviamente que o mundo em que vivemos hoje é bem diferente. Não mais lutamos com espadas e escudos, mas ainda assim continuamos a lutar. Todos os dias é preciso levantar e lutar por nossa sobrevivência.”
Não obstante a distância histórica, há uma distância cultural relativamente longa entre a mitologia nórdica/germânica/viking e a cultura brasileira. Ainda assim, os músicos do Brave se valem das próprias características miscigenarias da raça e cultura brasileiras, além da globalização e do próprio caráter experimental das artes, para abordar os temas sem recair em apropriação cultural. Sidney Millano explica.
“A informação e a comunicação possibilitam uma capacidade natural de interpretar e nos adaptar a múltiplos contextos, colocando diferenças em contato. Sempre fomos um povo aberto ao novo e a novidades e durante toda nossa história já incorporamos culturas e costumes de diversas outros povos do mundo. Não é o contrário com a cultura nórdica/viking. Ainda mais considerando pela perspectiva da arte, onde a universalidade das ideias é ainda mais genuína e fluída.”
Se no universo artístico-conceitual do Brave o estúdio é o oráculo, o palco é o campo de batalha. Banda que gosta de tocar, o Brave em todos esses 20 anos de carreira sempre se mostrou preocupado não só com o conteúdo, mas com a qualidade de seus shows. Possui cenário e equipamento próprio que são transportados em veículo exclusivo para todas as cidades em que são convidados a se apresentar.
“O palco é onde acontece nosso ritual sagrado”, metaforiza Millano. “Os fãs esperam entrega e energia da banda no palco e atendê-los é, para nós, motivo de satisfação”.
“As apresentações ao vivo requerem o mesmo cuidado que temos com as gravações em estúdio”, complementa Carbonero. “Se investimos num disco, também investimos na produção de palco. Temos uma carreta própria para transportar nosso cenário e equipamento para os shows. E agora para a turnê do The Oracle queremos chegar ainda mais longe. E já estamos preparados para a batalha.”
O oráculo pode até ser uma arte divinatória, mas, para o Brave, é, sobretudo, arte power metal afirmativa!
Fonte : http://somdodarma.com.br/pt/