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Faroeste

Faroeste

1
Na penumbra de um salão reluzente e frio, onde as paredes espelhadas e o piso metálico emitiam reflexos trêmulos de luzes neon, uma festa sem fim acontecia. Os convidados, trajando roupas impecáveis e adornados com dispositivos luminosos que pulsavam em sincronia com seus corações, rodopiavam como engrenagens programadas para seguir o ritmo, como num faroeste onde a poeira cede lugar ao brilho prateado, mas o silêncio profundo do vazio ecoa em cada passo.

Acima, balões murchos flutuavam, prisioneiros de suas próprias intenções esquecidas, sombras de emoções baratas penduradas no teto, que observavam a cena lá embaixo, com desdém, como juízes mudos de uma festa sem sentido. Esses balões, outrora cheios de promessas de entusiasmo, agora pendiam pesados, sustentados por algo invisível, mas igualmente esgotado, incapazes de elevar as almas presas à rotina ilusória que se desdobrava no salão.

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Os convidados trocavam cumprimentos e palavras polidas, sorrisos que cintilavam sob as luzes artificiais, mas ao se entreolharem, seus olhos estavam vazios, como se a vida já tivesse escapado por entre as teclas e telas que haviam substituído tudo. As palavras deslizavam e escorregavam entre eles, sem nunca encontrar um lar, como tiros perdidos em um duelo sem oponente, ecoando sem deixar marca, sem resposta. Eram ecos de uma busca vazia, um progresso que já não lhes pertencia mais, repetindo-se à exaustão.

A névoa fina e intangível, como um véu de distorção, flutuava no ar, obscurecendo as intenções e desejos que os olhos não podiam mais expressar. Os poucos que tentavam enxergar através dela, que buscavam um traço de realidade ou de calor no olhar do outro, se perdiam, como viajantes desorientados no deserto digital, presos entre a ilusão e a saudade de um tempo onde talvez o toque e a palavra ainda possuíssem algum peso.

Ali, entre as paredes metálicas e os ecos das risadas pré-programadas, a essência humana era apenas uma sombra, uma memória apagada. A festa simbolizava o auge da tecnologia, um espetáculo brilhante e enganosamente perfeito, mas o salão ecoava a decadência de suas almas, como uma cidade abandonada que ainda retém os cartazes de shows e filmes de outra era. O faroeste imaginário que outrora era o palco da vida, com suas falhas e cicatrizes autênticas, havia cedido lugar a um simulacro de progresso que, ao brilhar demais, ofuscava qualquer sinal de verdade.

No fim, a névoa se tornava mais densa e a festa seguia seu curso, mas a sensação que pairava era de um duelo que todos sabiam, sem precisar de palavras, que já havia sido perdido.

2

Na penumbra de um salão que parecia se estender ao infinito, decorado com espelhos cintilantes e luzes que pulsavam no ritmo de corações artificiais, uma festa sem fim acontecia. As pessoas, trajadas como se fossem personagens de uma ópera de brilho oco, giravam e rodopiavam em sincronia precisa, como se estivessem ensaiando há muito para essa dança vazia. Havia uma beleza mecânica e gélida em seus movimentos; cada passo, cada sorriso programado, fazia parte de um espetáculo sem propósito, mas meticulosamente coreografado. Tudo reluzia, mas nada realmente brilhava.

No alto, balões murchos flutuavam, pendurados por fios invisíveis, como restos de uma promessa que nunca fora cumprida. Observavam o salão lá embaixo, prisioneiros de um ar exaurido, murmurando entre si, como se fossem juízes distantes, desprovidos de qualquer esperança ou entusiasmo. Esses balões, outrora cheios de alegria e expectativa, agora apenas assistiam em silêncio ao desfile de sorrisos sem calor, olhos que brilhavam artificialmente, mas que, quando cruzavam uns com os outros, revelavam-se vazios, como se a vida há muito tivesse escapado para algum outro lugar.

As palavras que os convidados trocavam pareciam ter vida própria, escorrendo entre as pessoas sem nunca encontrar um lar. Elas deslizavam pelos sorrisos e acenos, flutuando como ecos de uma busca esquecida, sem destino, como tiros perdidos em um duelo onde ninguém sabia mais quem era o adversário. As risadas pré-programadas ecoavam como canções desconexas de um tempo onde a vida ainda tinha peso, enquanto agora, essas risadas eram apenas reflexos de algo que há muito perdera o sentido.

Uma névoa fina, quase imperceptível, permeava o ambiente, turvando tudo ao redor. Ela escondia as intenções dos olhares, das mãos estendidas que nunca se tocavam, da busca incessante que permanecia velada. Era como se essa névoa fosse uma barreira entre cada alma ali presente, e enquanto alguns tentavam ver através dela, buscando alguma centelha de calor humano, encontravam apenas a frieza cortante da ilusão. Muitos perdiam o foco, desorientados, navegando entre memórias distantes e a saudade de um tempo em que os olhos ainda falavam.

Aos poucos, o salão foi se transformando em um reflexo distorcido de cada um ali presente. Os rostos tornaram-se vultos, as vozes ecoaram longínquas, e a dança seguiu cada vez mais frenética, uma espiral sem sentido onde todos pareciam determinados a fingir que ainda estavam vivos, que ainda havia algo ali. Mas o brilho das luzes e a perfeição mecânica dos passos tornaram-se uma paródia de tudo o que um dia fora verdadeiro. O salão tornava-se uma cidade fantasma onde a tecnologia exibia seu auge, mas as pessoas eram apenas sombras.

Por fim, a névoa tornou-se densa como um véu que ninguém conseguia atravessar. O salão mergulhou num silêncio solene, e cada movimento cessou. A festa estava terminada, mas os convidados não perceberam; seus corpos permaneceram imóveis, olhos fixos no nada, e então, um a um, eles se apagaram, como velas gastas. Os balões murchos continuaram a observar, e, pela primeira vez, houve um eco verdadeiro naquele salão vazio: o eco de um duelo perdido, travado muito antes de a festa começar.

Quando o último rastro de luz desapareceu dos olhos dos convidados, o salão metálico permaneceu num silêncio que quase parecia palpável. Os balões murchos, pendurados acima, observavam as sombras pálidas dos corpos imóveis. Era como se o salão tivesse tragado todo o resquício de vitalidade, deixando para trás apenas a imagem de uma festa interrompida — um palco sem aplausos, uma dança sem música.

Mas algo inesperado começou a acontecer. A névoa fina, que antes havia atuado como um véu entre os presentes, começou a se mover por conta própria. Ela deslizou para o chão, serpenteando entre os corpos, passando por sapatos e trajes elegantes, dissolvendo-se aos poucos em uma luminosidade leve e quente, como um fio de vida antigo que surgia das profundezas esquecidas daquele lugar. Era como se, pela primeira vez, o salão revelasse uma verdade que permanecera enterrada sob camadas de superfícies brilhantes e vazias.

A névoa iluminada começou a se concentrar, lentamente, em torno de um dos balões murchos, envolvendo-o em um delicado brilho dourado. O balão, antes flácido e apagado, começou a se inflar, renascendo em uma expansão serena, enquanto sua superfície refletia lembranças de um tempo em que a esperança e a autenticidade ainda tinham espaço. Esse balão, agora iluminado, flutuou até o centro do salão, e com um leve tremor, liberou uma centelha de luz que estourou como fogos de artifício silenciosos, espalhando uma miríade de brilhos pelo ambiente.

Essas pequenas luzes, como faíscas de sonhos esquecidos, espalharam-se e foram pousando, uma a uma, sobre cada corpo ali presente. À medida que tocavam as peles frias, os convidados começavam a despertar, não com um simples abrir de olhos, mas como se algo dentro deles estivesse sendo restaurado. O brilho percorria seus olhares, e o salão frio se transformava pouco a pouco em um espaço que exalava calor, como uma lembrança de tempos genuínos voltando à superfície.

Os convidados se ergueram, um a um, ainda meio atordoados, olhando ao redor como se vissem o salão pela primeira vez. Não havia mais luzes artificiais ou névoas ilusórias. As paredes metálicas ainda estavam lá, mas agora eram como espelhos que refletiam algo verdadeiro, algo que estava guardado dentro de cada um deles, quase esquecido. Olhavam uns para os outros com uma surpresa mútua, e pela primeira vez em muito tempo, seus sorrisos eram reais, tímidos, desajeitados, mas genuínos.

O salão, que antes era uma prisão de brilho vazio, agora ressoava com murmúrios suaves, palavras que encontravam respostas, olhares que finalmente se conectavam. Os balões murchos que restavam, agora cheios e leves, flutuavam pelo ar, lembrando-lhes que o valor das emoções, por mais efêmeras que fossem, era algo a ser celebrado, e não algo para ser apenas replicado ou exibido.

E então, quando todos estavam de pé, juntos e despertos, as luzes naturais do dia começaram a surgir pelas janelas, revelando um mundo que, lá fora, ainda precisava deles — precisava dos sonhos, dos medos, e das pequenas esperanças que carregavam. Eles deixaram o salão, um por um, sabendo que, apesar da festa ter acabado, um novo começo aguardava.

Ao saírem, os convidados olhavam para o mundo lá fora com novos olhos, como se tivessem acabado de escapar de uma longa hibernação. A cidade que se estendia adiante era tão fria e reluzente quanto o salão, mas agora, sob a luz suave da manhã, parecia menos opressiva, quase acolhedora. Havia algo no ar, um resquício da faísca que despertara dentro deles, um brilho invisível que se espalhava e prometia algo mais — talvez a possibilidade de encontrar significado onde antes havia apenas reflexos.

Os passos ecoavam pela calçada metálica enquanto cada um seguia seu caminho, e, pela primeira vez, o silêncio não era sufocante. Era um silêncio pleno de promessas, um espaço onde novos encontros, novas palavras, e até mesmo novos desafios poderiam florescer. Aqueles que antes se moviam como peças numa engrenagem, agora caminhavam como indivíduos, carregando algo raro e íntimo: a sensação de que o real, por mais áspero ou incerto que fosse, era infinitamente mais valioso que qualquer brilho artificial.

O último dos balões murchos, esquecido no alto do salão, balançava suavemente, contemplando o vazio deixado para trás. Depois de algum tempo, estourou silenciosamente, liberando um último sopro de ar, um testemunho final de que ali, naquela festa vazia, algo havia mudado para sempre.

Lá fora, sob o céu claro, os convidados — ou talvez agora antigos convidados — continuaram suas jornadas, levando consigo uma nova clareza. Já não precisavam da névoa ilusória nem das luzes artificiais para se guiarem. Seguiam como portadores de uma faísca que, por menor que fosse, iluminava a promessa de um mundo mais autêntico e humano.

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Na penumbra de um salão que parecia se estender ao infinito, decorado com espelhos cintilantes e luzes que pulsavam no ritmo de corações artificiais, uma festa sem fim acontecia. As pessoas, trajadas como se fossem personagens de uma ópera de brilho oco, giravam e rodopiavam em sincronia precisa, como se estivessem ensaiando há muito para essa dança vazia. Havia uma beleza mecânica e gélida em seus movimentos; cada passo, cada sorriso programado, fazia parte de um espetáculo sem propósito, mas meticulosamente coreografado. Tudo reluzia, mas nada realmente brilhava.

No alto, balões murchos flutuavam, pendurados por fios invisíveis, como restos de uma promessa que nunca fora cumprida. Observavam o salão lá embaixo, prisioneiros de um ar exaurido, murmurando entre si, como se fossem juízes distantes, desprovidos de qualquer esperança ou entusiasmo. Esses balões, outrora cheios de alegria e expectativa, agora apenas assistiam em silêncio ao desfile de sorrisos sem calor, olhos que brilhavam artificialmente, mas que, quando cruzavam uns com os outros, revelavam-se vazios, como se a vida há muito tivesse escapado para algum outro lugar.

As palavras que os convidados trocavam pareciam ter vida própria, escorrendo entre as pessoas sem nunca encontrar um lar. Elas deslizavam pelos sorrisos e acenos, flutuando como ecos de uma busca esquecida, sem destino, como tiros perdidos em um duelo onde ninguém sabia mais quem era o adversário. As risadas pré-programadas ecoavam como canções desconexas de um tempo onde a vida ainda tinha peso, enquanto agora, essas risadas eram apenas reflexos de algo que há muito perdera o sentido.

Uma névoa fina, quase imperceptível, permeava o ambiente, turvando tudo ao redor. Ela escondia as intenções dos olhares, das mãos estendidas que nunca se tocavam, da busca incessante que permanecia velada. Era como se essa névoa fosse uma barreira entre cada alma ali presente, e enquanto alguns tentavam ver através dela, buscando alguma centelha de calor humano, encontravam apenas a frieza cortante da ilusão. Muitos perdiam o foco, desorientados, navegando entre memórias distantes e a saudade de um tempo em que os olhos ainda falavam.

Aos poucos, o salão foi se transformando em um reflexo distorcido de cada um ali presente. Os rostos tornaram-se vultos, as vozes ecoaram longínquas, e a dança seguiu cada vez mais frenética, uma espiral sem sentido onde todos pareciam determinados a fingir que ainda estavam vivos, que ainda havia algo ali. Mas o brilho das luzes e a perfeição mecânica dos passos tornaram-se uma paródia de tudo o que um dia fora verdadeiro. O salão tornava-se uma cidade fantasma onde a tecnologia exibia seu auge, mas as pessoas eram apenas sombras.

Por fim, a névoa tornou-se densa como um véu que ninguém conseguia atravessar. O salão mergulhou num silêncio solene, e cada movimento cessou. A festa estava terminada, mas os convidados não perceberam; seus corpos permaneceram imóveis, olhos fixos no nada, e então, um a um, eles se apagaram, como velas gastas. Os balões murchos continuaram a observar, e, pela primeira vez, houve um eco verdadeiro naquele salão vazio: o eco de um duelo perdido, travado muito antes de a festa começar.

Quando o último rastro de luz desapareceu dos olhos dos convidados, o salão metálico permaneceu num silêncio que quase parecia palpável. Os balões murchos, pendurados acima, observavam as sombras pálidas dos corpos imóveis. Era como se o salão tivesse tragado todo o resquício de vitalidade, deixando para trás apenas a imagem de uma festa interrompida — um palco sem aplausos, uma dança sem música.

Mas algo inesperado começou a acontecer. A névoa fina, que antes havia atuado como um véu entre os presentes, começou a se mover por conta própria. Ela deslizou para o chão, serpenteando entre os corpos, passando por sapatos e trajes elegantes, dissolvendo-se aos poucos em uma luminosidade leve e quente, como um fio de vida antigo que surgia das profundezas esquecidas daquele lugar. Era como se, pela primeira vez, o salão revelasse uma verdade que permanecera enterrada sob camadas de superfícies brilhantes e vazias.

A névoa iluminada começou a se concentrar, lentamente, em torno de um dos balões murchos, envolvendo-o em um delicado brilho dourado. O balão, antes flácido e apagado, começou a se inflar, renascendo em uma expansão serena, enquanto sua superfície refletia lembranças de um tempo em que a esperança e a autenticidade ainda tinham espaço. Esse balão, agora iluminado, flutuou até o centro do salão, e com um leve tremor, liberou uma centelha de luz que estourou como fogos de artifício silenciosos, espalhando uma miríade de brilhos pelo ambiente.

Essas pequenas luzes, como faíscas de sonhos esquecidos, espalharam-se e foram pousando, uma a uma, sobre cada corpo ali presente. À medida que tocavam as peles frias, os convidados começavam a despertar, não com um simples abrir de olhos, mas como se algo dentro deles estivesse sendo restaurado. O brilho percorria seus olhares, e o salão frio se transformava pouco a pouco em um espaço que exalava calor, como uma lembrança de tempos genuínos voltando à superfície.

Os convidados se ergueram, um a um, ainda meio atordoados, olhando ao redor como se vissem o salão pela primeira vez. Não havia mais luzes artificiais ou névoas ilusórias. As paredes metálicas ainda estavam lá, mas agora eram como espelhos que refletiam algo verdadeiro, algo que estava guardado dentro de cada um deles, quase esquecido. Olhavam uns para os outros com uma surpresa mútua, e pela primeira vez em muito tempo, seus sorrisos eram reais, tímidos, desajeitados, mas genuínos.

O salão, que antes era uma prisão de brilho vazio, agora ressoava com murmúrios suaves, palavras que encontravam respostas, olhares que finalmente se conectavam. Os balões murchos que restavam, agora cheios e leves, flutuavam pelo ar, lembrando-lhes que o valor das emoções, por mais efêmeras que fossem, era algo a ser celebrado, e não algo para ser apenas replicado ou exibido.

E então, quando todos estavam de pé, juntos e despertos, as luzes naturais do dia começaram a surgir pelas janelas, revelando um mundo que, lá fora, ainda precisava deles — precisava dos sonhos, dos medos, e das pequenas esperanças que carregavam. Eles deixaram o salão, um por um, sabendo que, apesar da festa ter acabado, um novo começo aguardava.

Ao saírem, os convidados olhavam para o mundo lá fora com novos olhos, como se tivessem acabado de escapar de uma longa hibernação. A cidade que se estendia adiante era tão fria e reluzente quanto o salão, mas agora, sob a luz suave da manhã, parecia menos opressiva, quase acolhedora. Havia algo no ar, um resquício da faísca que despertara dentro deles, um brilho invisível que se espalhava e prometia algo mais — talvez a possibilidade de encontrar significado onde antes havia apenas reflexos.

Os passos ecoavam pela calçada metálica enquanto cada um seguia seu caminho, e, pela primeira vez, o silêncio não era sufocante. Era um silêncio pleno de promessas, um espaço onde novos encontros, novas palavras, e até mesmo novos desafios poderiam florescer. Aqueles que antes se moviam como peças numa engrenagem, agora caminhavam como indivíduos, carregando algo raro e íntimo: a sensação de que o real, por mais áspero ou incerto que fosse, era infinitamente mais valioso que qualquer brilho artificial.

O último dos balões murchos, esquecido no alto do salão, balançava suavemente, contemplando o vazio deixado para trás. Depois de algum tempo, estourou silenciosamente, liberando um último sopro de ar, um testemunho final de que ali, naquela festa vazia, algo havia mudado para sempre.

Lá fora, sob o céu claro, os convidados — ou talvez agora antigos convidados — continuaram suas jornadas, levando consigo uma nova clareza. Já não precisavam da névoa ilusória nem das luzes artificiais para se guiarem. Seguiam como portadores de uma faísca que, por menor que fosse, iluminava a promessa de um mundo mais autêntico e humano.

Renato Pittas   

Contato:[email protected]

https://sara-evil.blogspot.com

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