MUNDUS PARALLELUS

MUNDUS PARALLELUS

1: O Chinelos Mágicos

Em uma cidadezinha pacata, vivia um jovem. Era um cara comum, mas sua vida estava prestes a mudar de uma forma surreal. Certo dia, ele encontrou um par de chinelos velhos e desgastados em um brechó. Intrigado, decidiu comprá-los, sem saber que esses chinelos tinham o poder de transportá-lo para mundos paralelos.
Ao calçar os chinelos, sentiu um arrepio subir pela espinha e, de repente, foi sugado para um outro lugar. Quando abriu os olhos, estava em uma cidade igual à sua, mas com algumas diferenças bizarras: as pessoas andavam de costas, os cachorros falavam francês e todos vestiam roupas de banho, independentemente do clima.

2:
O Mundo ao Avesso
Confuso e maravilhado, começou a explorar esse novo mundo. Conheceu, uma simpática senhora que usava um chapéu de melancia e dirigia um táxi que voava. Ela explicou a ele que estava em “Mundus Parallelus”, um universo onde tudo era uma versão distorcida e divertida do seu mundo.

Não pôde deixar de rir ao ver um policial dançando balé para controlar o trânsito. “Aqui, ordem e desordem convivem em harmonia”, disse ela com um sorriso. “As pessoas trabalham quando querem e festejam o resto do tempo.”

3:

A Festa Inesperada
Enquanto caminhava pela cidade, foi convidado para uma festa. No convite, estava escrito: “Venha de chinelos!” Rindo da coincidência, aceitou o convite. A festa era em um parque de diversões onde todos os brinquedos funcionavam de forma completamente imprevisível. Havia uma montanha-russa que levava as pessoas para um piquenique no meio do passeio e um carrossel que só girava se todos contassem piadas sem graça.
Durante a festa, Pedro conheceu uma mulher, que tinha o incrível talento de transformar qualquer objeto em algo delicioso para comer. Ficou fascinado quando ela transformou uma pedra em um bolo de chocolate. “Em Mundus Parallelus, tudo é possível”, disse piscando para ele.

4:

O Retorno e a Realização
Após várias aventuras hilárias e encontros inusitados, começou a sentir saudades de casa. Decidiu calçar novamente os chinelos para voltar. Antes de partir, Ela lhe deu um conselho: “Lembre-se, a magia está na forma como você vê o mundo. Mantenha esse espírito de Mundus Parallelus dentro de você.”

De volta, Percebeu que, embora sua cidade fosse mais séria e previsível, ele poderia trazer um pouco da alegria e da loucura que experimentou em Mundus Parallelus para sua vida cotidiana. Começou a organizar festas temáticas, incentivou seus amigos a ver o lado divertido das coisas e até tentou, sem muito sucesso, fazer seu cachorro falar francês.

E assim, viveu feliz, sabendo que, em algum lugar, Mundus Parallelus estava esperando por ele de chinelos e pronto para mais aventuras.

Epílogo:

Mundus Parallelus Sempre Presente

O tempo passou, ele continuou a viver sua vida normal, mas com uma nova perspectiva. Ele sempre se lembrava das palavras da dela: “A magia está na forma como você vê o mundo.” E assim, começou a enxergar a magia em todos os cantos da sua vida.

Fundou um clube de criatividade onde as pessoas se reuniam para compartilhar ideias malucas e inventar novas maneiras de ver o mundo. Inspirado por Mundus Parallelus, o clube organizava eventos como “Piqueniques em Montanhas-Russas Imaginárias” e “Concursos de Piadas Sem Graça”. Esses eventos atraíam pessoas de todas as idades, trazendo uma lufada de ar fresco para a cidade.

A mulher que ele conheceu na festa do parque de diversões, se mudou para perto e abriu uma confeitaria mágica onde os clientes podiam transformar seus pedidos em qualquer coisa que desejassem. Seu bolo de pedra se tornou um ícone local, e seu negócio prosperou, unindo a comunidade através do amor pela fantasia e pela comida deliciosa.

Sempre que calçava seus chinelos mágicos, ele sentia uma conexão com Mundus Parallelus. Mesmo que não fosse transportado fisicamente, ele sabia que aquele mundo existia dentro dele. Em momentos de tédio ou dificuldade, apenas fechava os olhos, imaginava-se naquele lugar de desordem e diversão, e encontrava forças para seguir em frente.
A influência de Mundus Parallelus, aos poucos transformou a cidade. O prefeito até instituiu um feriado anual chamado “Dia dos Chinelos”, onde todos usavam chinelos e celebravam com atividades estranhas e maravilhosas. A cidade se tornou um lugar onde a criatividade e a diversão eram valorizadas tanto quanto a ordem e a rotina.

Ele percebeu que o verdadeiro poder dos chinelos mágicos não estava em transportá-lo para outro mundo, mas em ensiná-lo a ver o extraordinário no ordinário. Mundus Parallelus não era apenas um lugar físico, mas uma forma de viver e apreciar a vida.

Continuou a viver suas aventuras diárias, sempre pronto para rir, celebrar e ver a magia escondida nos detalhes do mundo ao seu redor. Mundus Parallelus não estava mais separado de sua realidade; ele havia se tornado parte integrante dela.

Aprendeu que, com ou sem chinelos mágicos, a vida pode ser cheia de maravilhas e risos, desde que se olhe para ela com o coração aberto e uma pitada de loucura. E dessa forma, viveu feliz, sabendo que Mundus Parallelus estava sempre presente em sua vida cotidiana, pronto para surgir a qualquer momento, de chinelos e sorrindo.

Renato Pittas :

Contato:[email protected]  

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