Segregatorum: a evolução do death/doom metal de Bento Gonçalves
Grupo gaúcho prepara lançamento do novo álbum, “Path Worse Than Death”
Após um árduo processo de criação que se estendeu por quatro anos, a banda gaúcha Segregatorum, fundada em 2016 na cidade de Bento Gonçalves (RS) e liderada pelo vocalista Lucas Lazzarotto, está finalizando a produção do novo álbum, “Path Worse Than Death”, gravado no SoundStorm Studios. No comando está o renomado produtor Ernani Savaris, conhecido por seu trabalho com Atropina, Abate Macabro e Rotten Penetration e que traz consigo uma vasta experiência no death metal, incluindo sua vivência na Irlanda do Norte, onde teve interação com Carcass, Napalm Death e Suffocation.
“Nani não só compreende nosso som, mas também compartilha nossa paixão pelo metal extremo. Este álbum foi como um jogo de xadrez interminável, onde cada movimento trazia novos desafios”, reflete Lazzarotto. “Desde a primeira música composta, ‘Dominandi’, até as últimas faixas que gravamos, enfrentamos e aprendemos a amar cada um dos problemas que surgiram: seja a falta de tempo, recursos, ou as complexidades das gravações e contratações.”
Em termos de sonoridade, o álbum promete agradar os aficionados pelo death metal ‘old school’, com influências marcantes de doom metal, caracterizado por momentos densos e arrastados que evocariam orgulho no baixista Leif Edling, do Candlemass. Além disso, traz solos alucinados e mudanças rítmicas típicas do prog metal, combinando uma abordagem moderna com um toque nostálgico das raízes da cena sueca do metal extremo dos anos 90. “Uma das faixas, ‘Last Night of the World’, conta com a participação especial do vocalista Tim “Ripper” Owens”, revela Lazzarotto.
Fundado em 2016 na cidade de Bento Gonçalves (RS), o Segregatorum iniciou suas atividades explorando influências do horror e do gótico, inspirados principalmente pelo universo do filme “Hellraiser”. Após o EP “Death Bells” (2017) veio o álbum de estreia, “Lemarchand’s Dominus” (2020), que combinava death metal e groove, mas com o passar do tempo Lazzarotto viu seus interesses e influências musicais evoluírem. Temas como depressão, solidão, suicídio, misantropia e melancolia tornaram-se centrais em suas composições, refletindo uma jornada pessoal e emocional intensa. “Minha escrita se aprofundou conforme eu mergulhava em temas mais trágicos”, comenta. “Nossa música se tornou uma maneira de enfrentar nossas tragédias com toda sua intensidade, uma representação dos sentimentos mais obscuros do ser humano.”
O guitarrista Eduardo Vignatti trouxe uma nova dinâmica ao grupo. Originário do power e prog metal, não apenas enriqueceu as ideias de composição com sua abordagem mais “comercial”, mas também expandiu os horizontes sonoros do Segregatorum. “Eu gosto de como ele traz um aspecto mais acessível à nossa música, o que pode alcançar um público mais amplo”, elogia Lazzarotto sobre o companheiro de banda.
A data de lançamento de “Path Worse Than Death”, que traz capa desenvolvida pelo talentoso casal Marcelo Bensabath e Vivian Rosa, da The Dark Side Arts, ainda não foi confirmada oficialmente, mas está prevista para o último trimestre.
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